Mulheres lideram preferência por home office e modelo híbrido, revelam estudos
Estudos recentes têm apontado uma tendência significativa: as mulheres estão na vanguarda da preferência pelo trabalho remoto e pelo modelo híbrido. Essas modalidades oferecem flexibilidade que atende não apenas às responsabilidades domésticas e parentais, mas também possibilitam que as mulheres busquem novas oportunidades profissionais e dediquem tempo aos estudos.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, o trabalho remoto e o modelo híbrido são a escolha de 52% dos brasileiros. Surpreendentemente, as mulheres lideram a preferência pelo home office, representando 28% dos entrevistados. Enquanto isso, o modelo híbrido recebe apoio praticamente equitativo entre homens (27%) e mulheres (28%). Por outro lado, a opção pelo trabalho totalmente presencial é mais expressiva entre os homens (48%) em comparação com as mulheres (41%).
Outro estudo, conduzido pela McKinsey & Company, revelou que 38% das mães com filhos pequenos deixariam a empresa ou reduziriam suas horas de trabalho se não houvesse flexibilidade no local de trabalho. Isso evidencia como a flexibilidade é crucial para reter talentos femininos e promover a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.
Contrariando a noção anterior de que o trabalho remoto prejudicaria o desempenho dos projetos, um novo relatório elaborado pelo Project Management Institute (PMI) desbanca esse mito. Os resultados indicam que o home office, preferido por muitas mulheres, não compromete a eficácia no ambiente profissional. Na verdade, detalhes específicos mostram uma diferença mínima nas taxas de desempenho entre o trabalho remoto, a localização híbrida e o trabalho presencial.
Além disso, dados provenientes de uma pesquisa conduzida entre a Scoop e o Boston Consulting Group (BCG) destacam que empresas com políticas flexíveis superam seus pares em crescimento de receita. Empresas que adotam políticas totalmente flexíveis apresentaram um crescimento de receita de 21%, em comparação com apenas 5% nas empresas que mantêm requisitos rígidos de tempo de escritório.
Essa preferência pela flexibilidade reflete não apenas uma busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional, mas também a necessidade de enfrentar desafios persistentes, como a disparidade salarial entre homens e mulheres. Segundo dados do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ainda precisa de 131 anos para reduzir essa diferença.
Em um cenário onde a flexibilidade se mostra não apenas como uma demanda, mas como uma vantagem competitiva, as empresas que se adaptarem às necessidades das trabalhadoras estarão em uma posição privilegiada para atrair e reter talentos diversos e impulsionar o crescimento sustentável a longo prazo.