Taxa Selic atinge menor patamar desde 2022: Copom reduz em 0,50 p.p. para 10,75%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou hoje uma nova redução na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. A decisão foi unânime entre os membros do Comitê, que optaram por cortar a Selic em 0,50 ponto percentual, levando-a de 11,25% para 10,75% ao ano.
Esta é a sexta redução consecutiva na taxa Selic, colocando-a no menor nível desde fevereiro de 2022, quando atingiu os mesmos 10,75% ao ano. A medida segue uma tendência de flexibilização da política monetária em resposta aos desafios econômicos, tanto domésticos quanto internacionais.
O mercado já antecipava essa redução, com o consenso LSEG de analistas projetando uma taxa de juros de 10,25%. Essa previsão reflete as condições voláteis do ambiente externo, com debates sobre a flexibilização das políticas monetárias em economias-chave e as perspectivas de queda da inflação em diversos países.
Um destaque importante é a sinalização do Copom para uma possível nova redução na mesma magnitude na próxima reunião, agendada para maio. Essa mudança de linguagem, passando de “próximas reuniões” para a próxima reunião específica, indica uma abordagem mais cautelosa e flexível na condução da política monetária, dadas as incertezas tanto no cenário nacional quanto internacional.
Segundo o comunicado do Copom, essa mudança é uma resposta à elevação da incerteza e à necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária. Os membros do Comitê consideram essa abordagem como apropriada para manter a postura contracionista necessária para o processo de desinflação.
Em relação às projeções de inflação, o Copom estima uma taxa de 3,5% para 2024 e 3,2% para 2025, no cenário de referência. Já para a inflação de preços administrados, as projeções são de 4,4% em 2024 e 3,9% em 2025. O balanço de riscos permanece simétrico, com fatores tanto de alta quanto de baixa influenciando as projeções inflacionárias.
Diante desse cenário de incerteza, tanto doméstica quanto internacional, o Copom enfatiza a necessidade de cautela na condução da política monetária, buscando equilibrar os riscos e promover a estabilidade econômica.
Fonte: InfoMoney
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